Luís Perdiz: Visão incurável (2018)

Luís Perdiz publicou os livros Saudade mestiça (Patuá, 2016) e Visão incurável (Ed. Lab: Demônio Negro/Hedra, 2018), que integra a coleção Vozes contemporâneas, coordenada por Claudio Willer.

Cantor e compositor no grupo Estranhos no Ninho, é também um dos fundadores e editores do portal de literatura Poesia Primata e da Editora Primata.

Nasceu em Campinas (SP) e prepara seu novo livro, contemplado com Prêmio ProacSP de Criação e Publicação Literária.




Os poemas a seguir foram selecionados do livro Visão incurável (Ed. Lab: Demônio Negro/Hedra, 2018).




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NENHUM JARDIM


nenhum jardim
cadência turva
poças de espera

nenhum jardim
extermínio rente
seiva expatriada

nenhum jardim
marchas financeiras
casos isolados

nenhum jardim
florescências sagradas
aqui pisoteadas

nenhum jardim
quinhentos anos
não bastaram


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Luís Perdiz: Saudade mestiça (2016)

Luís Perdiz publicou os livros Saudade mestiça (Patuá, 2016, menção honrosa Nascente USP) e Visão incurável (Ed. Lab: Demônio Negro/Hedra, 2018), que integra a coleção Vozes contemporâneas, coordenada por Claudio Willer.

Cantor e compositor no grupo Estranhos no Ninho, é também um dos fundadores e editores do portal de literatura Poesia Primata e da Editora Primata.

Nasceu em Campinas (SP) e prepara seu novo livro, contemplado com Prêmio ProacSP de Criação e Publicação Literária.

Mais poemas e informações em: http://www.luisperdiz.com.br/.



foto: “Vibe”, Larissa Tanganelli.


Os poemas a seguir foram selecionados do livro Saudade mestiça (Patuá, 2016).



MIGALHAS

os monumentos são zoológicos do medo
violentas cortinas rasgam a noite

preciso de distinção nos dentes
instantâneos que não mordem

o jardim de apuros
onde nossas garras desaprendem o espaço

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