Lançamento e sarau virtual: A Odisseia da Linguagem no Reino dos Mitos Semióticos, de Marcio Aquiles

Com muito entusiasmo anunciamos o lançamento do livro A Odisseia da Linguagem no Reino dos Mitos Semióticos, poemas de Marcio Aquiles. A obra é uma publicação da nossa editora e já está disponível para compra neste link.




A Odisseia da Linguagem no Reino dos Mitos Semióticos é um híbrido de epopeia cibernética com enigma linguístico, indo de Zeus ao Google, em versos que atravessam as mitologias grega, egípcia, chinesa, hindu, tupi–guarani, asteca, iorubá, entre outras, numa narrativa em que deuses, heróis, demônios e oráculos estão aprisionados, sem saber ao certo como, no objeto físico e semântico deste livro conceitual de poesia.


Sobre o autor: Marcio Aquiles é escritor, curador, crítico teatral, autor dos livros “O Eclipse da Melancolia”,“O Amor e outras Figuras de Linguagem”, “O Esteticismo Niilista do Número Imaginário”e “Delírios Metapoéticos Neodadaístas”, entre outros. É um dos autores da obra “Critical Articulations of Hope from the Margins of Arts Education” (Routledge). Bacharel em estudos literários e Mestre em divulgação científica e cultural (ambos pela Unicamp), sob orientação de Alcir Pécora, com pesquisa sobre a resenha literária contemporânea. Foi jornalista e crítico da Folha de S.Paulo, é membro da Associação Internacional de Críticos de Teatro (AICT-IATC) e da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Desde 2014,coordena os projetos internacionais da SP Escola de Teatro.


Link para adquirir a obra: A Odisseia da Linguagem no Reino dos Mitos Semióticos



Matheus Bibiano Branco: Entre o beiral e o abismo (2019)

Matheus Bibiano Branco é de Garanhuns, Pernambuco. Entre o beiral e o abismo, de 2019, é seu livro de estreia, lançado com a Editora Patuá.







CLARIDADE


Tudo o que arruinou
Enquanto eles pintavam
As vestes de verde-oliva,
Voltou a cingir os lúcidos
Com a sobriedade da vida.

O sacrifício já dá sinais
De que será abandonado;
O inflamado ainda exige,
Mas muitos já não ouvem.

Com o primeiro pé no mundo
E outro na garganta que levo,
Não preciso mais fazer força
Pra compensar os alucinados.

Deixo implodirem o gosto
Com que fugi das torturas
E refaço minha morada
No coração dos pardais.

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Gustavo Jugend: Arabesco (2018)

Gustavo Jugend nasceu em Curitiba e se graduou em Filosofia na UFPR. Lançou seu primeiro livro de contos e poemas Arabesco (Urutau, 2018). Atualmente cursa doutorado e trabalha em novos versos. O livro Arabesco pode ser adquirido aqui: http://editoraurutau.com.br/titulo/arabesco



Os poema a seguir foram selecionados da obra Arabesco (Urutau, 2018).



UM GATO


Há um gato. Um gato que não há.
De unhas compridas afiadas no estofo das minhas costas.
O gato não há.
Sobe e desce pela minha coxa. Espreguiça-se na minha
barriga e dorme. Ronrona e some. Há um gato.
Acorda amanhã em minha nuca. Retorce o dorso sobre meu
pescoço e me encara.
Há gato. Gato não há.


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Carvalho Junior: O homem-tijubina & outras cipoadas entre as folhagens da malícia (2019)

CARVALHO JUNIOR (Francisco de Assis Carvalho da Silva Junior, Caxias/MA, 1985). Professor, ativista cultural, gestor público e poeta brasileiro. Vencedor do Troféu Nauro Machado, categoria poema, no I Festival Maranhense de Conto e Poesia (Universidade Estadual do Maranhão, 2015). Publicou os livros de poemas Mulheres de Carvalho (Café & Lápis, São Luís, 2011), A Rua do Sol e da Lua (Scortecci, São Paulo, 2013), Dança dos dísticos (Editora Patuá, São Paulo, 2014), No alto da ladeira de pedra(Editora Patuá, São Paulo, 2017) e O homem-tijubina & outras cipoadas entre as folhagens da malícia (Editora Patuá, São Paulo, 2019). Organizou a antologia Babaçu Lâmina – 39 poemas (Editora Patuá, São Paulo, 2019), tendo organizado, também, anteriormente, em parcerias, a Antologia Poetas Locais Integrantes da Noite Universal (e-book, 2019, org. com Ricardo Leão) e a antologia/caderno de poemas Quibano: 15 poetas do Maranhão (Appaloosa Books, 2017, org. com Antonio Aílton). Membro da Academia Caxiense de Letras e da ASLEAMA, pesquisa vida e obra do poeta Déo Silva. Realiza, com algumas parcerias, o sarau/encontro de poesia Na Pele da Palavra e faz parte dos coletivos de autores Academia Fantaxma e Os Integrantes da Noite. Participou com o poema Abrigos da Exposição POESIA AGORA (Itaú Cultural, Rio de Janeiro, 2017).  Foi o curador da Exposição Sementes de Poesia, em Caxias/MA, no espaço do Caxias Shopping Center (2018). Edita a página de poesia Quatetê. Tem poemas publicados em jornais, antologias literárias e revistas do Brasil e do exterior. Possui poema vertido para o espanhol pelo poeta Antonio Torres.




Os poemas a seguir foram selecionados da obra O homem-tijubina & outras cipoadas entre as folhagens da malícia (Patuá, 2019).


O HOMEM-TIJUBINA (fragmentos)

ho.mem: s. m. 1. BIOL. Mamífero da ordem dos primatas,  do gênero Homo, da espécie Homo sapiens, de posição  ereta e mãos preênseis, com atividade cerebral inteligente, e programado para produzir linguagem articulada. [http:// michaelis.uol.com.br]

ti.ju.bi.na: s. f. || (Bras.) nome vulgar de umapequena lagartixa. || (Ceará) (pop.) O mesmo que lambedeira[http://www. aulete.com.br/tijubina]; etimologia: tupi: teiu-ombý [http:// michaelis.uol.com.br].

I.

o homem-tijubina tem um paladar exigente. não digere o ovo do óbvio. somente silêncios de pássaros lhe passam pelos gorgomilos. quando o indagam a respeito desta passagem, diz que o outro lado da vida está no verso. não tem idade, apenas caminha. às vezes para frente quase sempre para o fundo do poço que guarda as lágrimas dos seus ancestrais. é um composto de cortes de unhas-de-gato e incoerências.

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Mariana Godoy: O afogamento de Virginia Woolf (2019)

Mariana Godoy nasceu no interior de São Paulo em 1996. É poeta, atriz e pesquisadora da educação. Seu livro de estreia “O afogamento de Virginia Woolf” foi lançado em setembro de 2019 pela Editora Patuá. 




Os poemas a seguir foram selecionados da obra “O afogamento de Virginia Woolf” (Patuá, 2019).



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tomar banho de banheira
não é mais tão divertido
como quando éramos criança.
a espuma não surge do nada
e não há pato de borracha
ou tempo a perder com
filosofias banhísticas.
queremos, como bons
e responsáveis adultos,
uma ducha rápida e quente
para voltar ao trabalho.

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