Arthur Lungov é poeta e editor de poesia da revista Lavoura. É autor do Corpos (Quelônio, 2019), obra que foi contemplada pelo 2° Edital de Publicação de Livros da Cidade de São Paulo; e da plaquete Anticanções (Sebastião Grifo, 2019). Foi publicado em coletâneas e revistas literárias. Email para contato: [email protected]
Os poemas a seguir foram selecionados da obra Corpos (Quelônio, 2019).
CAMINHO
rasgos na pele
sendas abertas traçadas
prefere fazer as vezes de campo percorrido e marcado
gente que não têm medo de cartografar as próprias vias
que jamais enterrou sem cruz algo ou alguém nas beiras de si
Susy Freitas nasceu em Manaus, Amazonas. É autora do livro de poesia “Véu sem voz” (Bartlebee, 2015) e “Alerta Selvagem” (Patuá, 2019), vencedor do Prêmio Violeta Branca Menescal, destinado ao melhor livro inédito de poesia no Prêmio Literário Cidade de Manaus. É uma das editoras da Revista Torquato (www.revistatorquato.wordpress.com). Já publicou poemas na Revista Subversa, Revista 7 faces, Mallarmargens, Jornal Plástico Bolha, Revista Sirrose, Revista Sexus, dentre outras. Posta ocasionalmente no Medium (www.medium.com/@susyfreitas) .
Os poemas a seguir foram selecionados do livro “Alerta Selvagem” (Patuá, 2019).
AMAZÔNIDA (I)
Não me pergunte sobre o rio – eu fui cozida no pavimento – eu nunca soube nada do rio – além dos meus sedimentos – do abraço morno do domingo flutuante
e o cenário todo sorve esse sentir.
Lá abraço o rio que aperta tudo num nado devorado – longe da margem pra longe da tarde.
Não me confunda com esse lugar nasci aqui – mas meu rosto mente. Não toco o chão com propriedade na negação – beijo – o rio sente
Lívia Corbellari nasceu em 1989, em Salvador (BA), mas mora em Vitória (ES) desde 1996. É jornalista, mantém o projeto literário Livros por Lívia e também faz parte do núcleo editorial da Revista Trino, sobre literatura brasileira contemporânea. Carne viva é seu primeiro livro de poemas.
Foto: Heitor Righetti
Os poemas a seguir foram selecionados da obra Carne viva (Editora Cousa, 2019).
Ruy Proença nasceu em 9 de janeiro de 1957, na cidade de São Paulo. Participou de diversas antologias de poesia, entre as quais se destacam: Anthologie de la poésie brésilienne (Chandeigne, França, 1998), Pindorama: 30 poetas de Brasil (Revista Tsé-Tsé, nos 7/8, Argentina, 2000), Poesia brasileira do século XX: dos modernistas à actualidade (Antígona, Portugal, 2002), New Brazilian and American Poetry (Revista Rattapallax, nº 9, EUA, 2003), Antologia comentada da poesia brasileira do século 21 (Publifolha, 2006), Traçados diversos: uma antologia da poesia contemporânea (organização de Adilson Miguel, Scipione, 2009) e Roteiro da poesia brasileira: anos 80 (organização de Ricardo Vieira de Lima, Global, 2010). Traduziu Boris Vian: poemas e canções (coletânea da qual foi também organizador, Nankin, 2001), Isto é um poema que cura os peixes, de Jean-Pierre Siméon (Edições SM, 2007), Um certo Pena, de Henri Michaux (Pãooupães Editorial, 2017) e, de Paol Keineg, Histórias verídicas (Dobra, 2014), Dahut (Espectro Editorial, 2015) e Entre os porcos (Pãooupães Editorial, 2018). É autor dos livros de poesia Pequenos séculos (Klaxon, 1985), A lua investirá com seus chifres (Giordano, 1996), Como um dia come o outro (Nankin, 1999), Visão do térreo (Editora 34, 2007), Caçambas (Editora 34, 2015) e Monstruário de fomes (Patuá, 2019). Publicou também os poemas infantojuvenis de Coisas daqui (Edições SM, 2007) e Tubarão vegano e outros elementos (Espectro Editorial, 2018).
Os poemas a seguir foram selecionados do livro Monstruário de fomes (Patuá, 2019).
Caroline Policarpo Veloso nasceu em São Paulo em 1996. Graduada em letras, é animal metamorfo e nômade. cartografia do silêncio foi contemplado pelo edital de poesia do ProAC em 2018.
Os poemas a seguir foram selecionados da obra cartografia do silêncio (Patuá, 2019).
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as pedras têm muita força, ou somos nós? viviane nogueira
imagina carregar uma montanha dentro do corpo
a cada passo a cada gesto mover pedras
(imagina a dor nos músculos o cansaço)
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imagina carregar dentro do corpo uma pedra vermelha que sangra