Lívia Corbellari nasceu em 1989, em Salvador (BA), mas mora em Vitória (ES) desde 1996. É jornalista, mantém o projeto literário Livros por Lívia e também faz parte do núcleo editorial da Revista Trino, sobre literatura brasileira contemporânea. Carne viva é seu primeiro livro de poemas.
Foto: Heitor Righetti
Os poemas a seguir foram selecionados da obra Carne viva (Editora Cousa, 2019).
Ruy Proença nasceu em 9 de janeiro de 1957, na cidade de São Paulo. Participou de diversas antologias de poesia, entre as quais se destacam: Anthologie de la poésie brésilienne (Chandeigne, França, 1998), Pindorama: 30 poetas de Brasil (Revista Tsé-Tsé, nos 7/8, Argentina, 2000), Poesia brasileira do século XX: dos modernistas à actualidade (Antígona, Portugal, 2002), New Brazilian and American Poetry (Revista Rattapallax, nº 9, EUA, 2003), Antologia comentada da poesia brasileira do século 21 (Publifolha, 2006), Traçados diversos: uma antologia da poesia contemporânea (organização de Adilson Miguel, Scipione, 2009) e Roteiro da poesia brasileira: anos 80 (organização de Ricardo Vieira de Lima, Global, 2010). Traduziu Boris Vian: poemas e canções (coletânea da qual foi também organizador, Nankin, 2001), Isto é um poema que cura os peixes, de Jean-Pierre Siméon (Edições SM, 2007), Um certo Pena, de Henri Michaux (Pãooupães Editorial, 2017) e, de Paol Keineg, Histórias verídicas (Dobra, 2014), Dahut (Espectro Editorial, 2015) e Entre os porcos (Pãooupães Editorial, 2018). É autor dos livros de poesia Pequenos séculos (Klaxon, 1985), A lua investirá com seus chifres (Giordano, 1996), Como um dia come o outro (Nankin, 1999), Visão do térreo (Editora 34, 2007), Caçambas (Editora 34, 2015) e Monstruário de fomes (Patuá, 2019). Publicou também os poemas infantojuvenis de Coisas daqui (Edições SM, 2007) e Tubarão vegano e outros elementos (Espectro Editorial, 2018).
Os poemas a seguir foram selecionados do livro Monstruário de fomes (Patuá, 2019).
Caroline Policarpo Veloso nasceu em São Paulo em 1996. Graduada em letras, é animal metamorfo e nômade. cartografia do silêncio foi contemplado pelo edital de poesia do ProAC em 2018.
Os poemas a seguir foram selecionados da obra cartografia do silêncio (Patuá, 2019).
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as pedras têm muita força, ou somos nós? viviane nogueira
imagina carregar uma montanha dentro do corpo
a cada passo a cada gesto mover pedras
(imagina a dor nos músculos o cansaço)
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imagina carregar dentro do corpo uma pedra vermelha que sangra
Mercia Pessôa nasceu e mora no Rio de Janeiro. Poeta, é autora de Súrnia, (1996), Zoa (2016) e Augusta (2019). Possui Doutorado em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP, com o tema “ Veredas Fáusticas da Narrativa: Almas Mortas e Grande Sertão” (2005), Mestrado em Poética (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ com a dissertação “Misoginias Poéticas? A fragmentação do gênero em Gógol “(1998), é especialista em língua e literatura russa (1990).
Os poemas a seguir foram selecionados da obra Súrnia, (1996).
UMA MULHER E SUA QUARTA-FEIRA DE CINZAS
Tenho febre de lebre, anoiteço Quase sem cor. De cor: “As horas Que contém a forma Na casa do sonho transcorreram” Já não há mais rima para quedo Que não seja medo E talvez Não haja conteúdo tampouco O verso tornou-se um hiato Entre o aposto e a eterna aposta Seu reverso – uma partilha Sem ponto final E o que me resta jogar? Senão refutar As palavras em perdas e ganhos. Para depois Sorrir, sem fazer carnaval, demonstrando O corpo e os dentes Ao etéreo namorado
Roberto Casarini (Marília/SP, 8.10.1983), ou Casa, publicou os seguintes livros de poesia: Casa Rio (Medita, 2013), Casa Fogo (Medita, 2013), Piroca na Oca (Medita, 2014), Casa Mari (2015), Casa 08 80 (Urutau, 2017) e Poemas Permutantes (Ed. Lab, 2018). O livro Mudos Muros se pinta de versos à máquina (vermelho e negro), nas paredes de casa e nos muros da cidade. Perseguidor de novos traços e espaços. Poeta concreto e argamassa. Poeta de ocas e casas ao acaso. Poeta de 80 mundos em Mudos Muros. Lá, aonde ergueram muros, o coro coletivo pinta a poesia.
Os poemas a seguir foram selecionados da obra Mudos Muros (Córrego, 2019).