O poeta, tradutor e ensaísta Claudio Willer fala sobre sua obra publicada, cinema, seus dias ácidos e suas noites lisérgicas.
Entrevista realizada por Luís Perdiz e Macaio Poetônio no dia  24/05/2019.
O poeta, tradutor e ensaísta Claudio Willer fala sobre sua obra publicada, cinema, seus dias ácidos e suas noites lisérgicas.
Entrevista realizada por Luís Perdiz e Macaio Poetônio no dia  24/05/2019.
Roberta Tostes Daniel nasceu no Rio de Janeiro. Publicou os livros Uma casa perto de um vulcão (Patuá, 2018) e Ainda ancora o infinito (Moinhos, 2019). Participou das antologias Sob a pele da língua – breviário poético brasileiro (Arc Edições), Um girassol nos teus cabelos – poemas para Marielle Franco (Quintal Edições), Desvio para o Vermelho (Centro Cultural São Paulo), entre outras. Seus poemas também foram publicados em sites e revistas literárias, tais como: Gueto, Germina, Mallarmargens, Zunái, Polichinello, Incomunidade, Liberoamérica.

Os poemas a seguir foram selecionados da obra Uma casa perto de um vulcão (Patuá, 2018).

INFÂNCIA
Tenho a idade da Terra
chove desde sempre
meus galhos são suturas
observo o Pacífico de longe.
A chuva gretou pela infância
atraída por vagalumes imaginários
nunca foi tão escuro
as estrelas já eram míopes.
No meio do mato houve a chuva
no meio da chuva houve o mar
fiquei presa no Atlântico.
Alberto Bresciani nasceu no Rio de Janeiro. Vive em Brasília. É autor de Incompleto movimento (José Olympio Editora, 2011), de Sem passagem para Barcelona (JoséOlympio Editora, 2015, finalista do prêmio APCA de Literatura – Poesia de 2015) e de Fundamentos de ventilação e apneia (Editora Patuá, 2019). Integra, entre outras, as antologias Outras ruminações (Dobra editorial, 2014), Hiperconexões (Editora Patuá, 2014), Pássaro liberto (Scortecci Editora, 2015), Pessoa – Littératurebrésilienne contemporaine (Revista Pessoa, editionspéciale – Salon du Livre de Paris, 2015) e Escriptonita(Editora Patuá, 2016). Tem poemas publicados em portais, blogs e sítios da internet e em revistas e jornais impressos.

Os poemas a seguir foram selecionados da obra Fundamentos de ventilação e apneia (Editora Patuá, 2019)

HIENAS
I
Acreditamos
(em vão)
em mutações,
cura e resgate
Muitos sóis caem
e as impossibilidades
ainda sustentam
nossos desertos
II
A fome é o que mantém
as hienas acordadas.
Laura Navarro nasceu em São Paulo em 2000, e se interessou pela poesia  aos doze anos – e, desde então, nunca mais parou de escrever. Ela já  apareceu em coletâneas e vídeos do coletivo Senhoras Obscenas, além de  já ter publicado dois livros: Clair de Lune (2016) e Natasha (2018). Atualmente, ela cursa jornalismo na Faculdade Casper Líbero. 

Os poemas a seguir foram selecionadas da obra Sinestesia (Editora Primata, 2019), disponível para aquisição neste endereço.

FLANEUR 
Olho aos cantos de minha cidade 
como se passasse à tempos anteriores 
aos meus
e andasse em outros sapatos 
cheiro de fuligem que me penetra
a chuva cai lentamente 
mudando lentamente
os tons do céu dos prédios dos museus 
de absolutamente
tudo
erupção sensorial
de cores dissonantes
que podem ser
tocadas
pelos meus
mocassins 
Rudi  Renato Tedeschi Júnior, Porto Alegre (28/11/1994). Começou a escrever  poemas aos 18. Em 2014, passou a vendê-los no parque da Redenção. Em  2016, criou sua página no Facebook, que alcançou mais de 6000 curtidas.  Em 2018, publicou o livro Mania pela editora Livronovo. Em 2019,  ingressou na faculdade de escrita criativa da PUCRS e publicou, pela  editora Primata, o livro e quando a flor um sorriso.       

Os poemas a seguir foram selecionados do livro e quando a flor um sorriso (Editora Primata, 2019).

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a tua voz quebrada entre os dentes 
quase uma febre por olhos ou unha 
hinários ora sob muita compra 
com a pele à mostra da queimação 
um grito de dor assim o gesto 
de repente um adeus aos poucos
com a desculpa das piscinas o animal
o animal seu totem sob marte em vênus
e quando a flor um sorriso
como se um desabrochar onde teu corpo
aos berros como nos jornais
a espuma de barbear
teus ossos esmagados
o que teus olhos entre a cor do tempo
por que não falas sobre isso ou sobre coisa nenhuma